sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Deolinda - Que parva que eu Sou

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Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
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4 comentários:

Rui Pascoal disse...

Ora aqui está uma canção de protesto como há muito não se ouvia.

Xeque-ao-rei disse...

É verdade! Pena que os jovens que aplaudiram a canção desta forma, no dia-a-dia não sejam irreverentes.
A geração "casinha dos pais" salvo raras excepções não aprendeu a lutar e a conquistar o seus direito a um futuro melhor.
Que os jovens egípcios, tunisinos e muitos outros pelo mundo sirvam de exemplo.

Barão da Tróia II disse...

Não podia estar mais de acordo!

Barão da Tróia II disse...

Olha a proposta de participação lá na dita tasca parece-me bem, só tens que dizer os termos e a linha editorial da coisa.

E que tal uma partidinha de Poker ???